Metropolização no Brasil e no mundo | Concurso SEE MG 2023 – Geografia

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O que é metropolização?

Metropolização é um fenômeno urbano, que ocorre quando uma cidade se desenvolve muito, exercendo influências nas cidades vizinhas. A metrópole passa a ser vista como a zona na qual as demais cidades tornam-se dependentes e interligadas economicamente, de modo que concentram boa parte dos serviços, empregos e infraestruturas.

A região formada pela metrópole e cidades vizinhas é chamada de Região Metropolitana. Temos vários exemplos de regiões metropolitanas no Brasil como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

As duas primeiras metrópoles no país foram São Paulo e Rio de Janeiro, refletindo a concentração industrial, econômica e urbana da região do Sudeste brasileiro que marcou a história do desenvolvimento nacional. Para entender a lógica da metropolização é preciso considerar que a industrialização tende a induzir à urbanização, o que faz que com o tempo a população e número de empresas se eleve diante do novo cenário proporcionado.

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Processo de metropolização no Brasil

É possível considerar que este processo no Brasil se dá durante a década de 60, principalmente durante o governo de JK, com a entrada de grandes empresas multinacionais no Brasil, ou seja, durante seu governo instalaram fábricas como Ford, Volkswagen, Willys, General Motors, entre outras. Tais empresas foram instaladas principalmente, nas capitais das regiões sudeste e sul do país.

O desenvolvimento industrial impulsionou os investimentos em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Temos nesse contexto forte expansão e crescimento da construção civil e obras de infraestrutura. Todos esse fatores juntos motivam o êxodo rural e a migração, principalmente da região Nordeste para a região Sudeste, onde as pessoas iam em busca de melhores condições de vida.

É importante mencionar que algumas regiões com forte produção cafeeira, no Sudeste por exemplo, acumularam através desta atividade econômica boa parte do capital que seria posteriormente empregado na industrialização da região.

Essas cidades, além de concentrarem as principais fontes de capital, também compuseram em torno de si complexas aglomerações populacionais, envolvendo várias cidades-satélites ao seu redor. A partir de uma metrópole, também passaram a se “fundir” espacialmente, naquilo que se conhece por conurbação, ou seja, duas ou mais cidades formando um mesmo espaço urbano.

Atualmente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reconhece um total de 26 regiões metropolitanas no país, que reúnem mais de 75 milhões de habitantes, o que representa mais de 40% da população brasileira. O processo de metropolização no Brasil foi intenso até o final da década de 80. A partir desse momento, as metrópoles pararam de crescer significativamente e teve início o processo de desmetropolização.

O fenômeno da desmetropolização

O processo de desmetropolização é um fenômeno recente que consiste no crescimento superior das pequenas e médias cidades em relação às metrópoles. Essa processo não implica que haja enfraquecimento da influência das metrópoles sobre as áreas ao redor, mas que a partir da década de 90, se deu um processo caracterizado pelo crescimento e desenvolvimento de cidades de porte médio, uma vez que as regiões metropolitanas atingiram um certo grau de estabilidade no tocante ao crescimento populacional.

Esse processo teve como principal causa a saturação da infraestrutura das grandes metrópoles e do aumento do custo de vida e do custo de produção para as empresas (principalmente da mão-de-obra e dos transportes). Isso ocorre também porque os centros urbanos encontram-se altamente inchados, saturados, representando grandes entraves como favelizações, aumento da violência, pobreza e fome.

Neste contexto, muitas indústrias saíram das grandes cidades em direção as cidades médias do interior. Incentivos fiscais, mão de obra e logística favorável foram os principais fatores de atração para essas indústrias na mudança de local de produção. Assim, algumas das metrópoles estão deixando de ser polos industriais para se estabelecerem, cada vez mais, como centros de prestação de serviços.

Processo de metropolização no mundo

No século XVIII, no ápice da Revolução Industrial, as grandes cidades da Europa já apresentavam as maiores populações do mundo. No entanto, o ritmo do crescimento populacional intensificou-se cada vez mais. Como mencionado anteriormente, os sucessivos processos de industrialização ao redor do mundo sucederam as suas consequentes urbanizações e metropolizações.

No ano de 1850, Londres (principal centro mundial) alcançava os três milhões de habitantes e 50 anos depois, essa população já somava os sete milhões, depois dos efeitos gerados pelas duas primeiras Revoluções Industriais. Enquanto isso, no continente americano, Nova York, devido à grande onda migratória vinda da Europa, à industrialização e crescimento financeiro de sua economia, foi a primeira cidade a ultrapassar os 10 milhões de habitantes, na década de 1930.

As grandes capitais do mundo desenvolvido foram as primeiras a se industrializar e, portanto, as primeiras cidades a passarem pelo processo de metropolização. A partir da segunda metade do século XX, os países subdesenvolvidos passaram a se industrializar, graças à migração e expansão das indústrias e empresas multinacionais, que se instalaram em países periféricos em busca de fácil acesso a matérias-primas, mão de obra barata e amplo mercado consumidor.

As 10 maiores metrópoles do mundo

CapitalPaísPopulação
TóquioJapão37.435.191
DelhiÍndia29.399.141
XangaiChina26.317.104
São PauloBrasil21.846.507
Cidade do MéxicoMéxico21.671.908
CairoEgito20.484.965
DacaBangladesh20.283.552
MumbaiÍndia20.185.064
PequimChina20.035.455
OsakaJapão19.222.665
Fonte: International Database (IDB)


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