Sumário
Enquanto na maior parte da América Anglo-Saxônica foram desenvolvidas colônias de povoamento, na América Latina desenvolveram-se as colônias de exploração. Veja a seguir um pouco sobre a Colonização da América.
Colônias de povoamento
As colônias de povoamento foram constituídas, principalmente, por ingleses, que tinham objetivo de se estabelecer em territórios que hoje correspondem às áreas do Canadá e dos Estados Unidos. Nessas colônias eram praticadas atividades voltadas para o abastecimento e desenvolvimento do mercado interno, buscando atender às necessidades da própria colônia.
As propriedades rurais eram policultoras e de tamanho pequeno a médio. A mão de obra, baseada no trabalho familiar e assalariado, também utilizava o trabalho escravo em algumas regiões. A organização das colônias de povoamento foi fundamental para a geração de riquezas e para o desenvolvimento econômico dos Estados Unidos e do Canadá.
Colônias do Norte e do Sul dos Estados Unidos da América
No início do século XVII, as colônias do Norte e do Sul dos Estados Unidos começaram a se desenvolver sob influências distintas, moldando suas trajetórias de maneira única. A colonização no Norte foi em grande parte impulsionada pelos puritanos, que estabeleceram a Colônia da Baía de Massachusetts em 1630, buscando liberdade religiosa e um novo começo. Este movimento também levou à fundação de outras colônias, como Nova Hampshire e Connecticut. A economia do Norte evoluiu para uma diversificação significativa, com a manufatura, a pesca e o comércio emergindo como pilares econômicos. A estrutura social da região foi marcada por uma classe média crescente e comunidades relativamente mais igualitárias, contrastando com o sistema mais hierárquico encontrado no Sul.
Por outro lado, as colônias do Sul, como a Virgínia e a Carolina do Sul, foram estabelecidas principalmente por ingleses em busca de riqueza e oportunidades econômicas. A economia do Sul era fortemente baseada na agricultura, com grandes plantações de tabaco, arroz e índigo dominando a paisagem. Essas plantações exigiam uma grande quantidade de mão-de-obra, levando à crescente dependência do trabalho escravo africano. Este sistema econômico criou uma sociedade profundamente estratificada, com uma elite rica de proprietários de terras no topo e uma grande população de escravos e trabalhadores pobres na base.
As diferenças econômicas entre o Norte e o Sul também influenciaram suas interações com os povos nativos e outras colônias. No Norte, a diversificação econômica levou a uma variedade de relações com os povos nativos, incluindo comércio e conflitos ocasionais. No Sul, a expansão das plantações frequentemente resultou em conflitos violentos e deslocamento de populações indígenas. As colônias do Norte e do Sul desenvolveram identidades distintas, que mais tarde se tornariam fatores cruciais nas tensões que levariam à Guerra Civil Americana (Guerra de Secessão).
Colônias de exploração
As colônias de exploração foram estabelecidas em toda a América Latina e também no sul dos Estados Unidos. Nelas, praticavam-se atividades comerciais voltadas, sobretudo, para o enriquecimento da metrópole. Essas colônias eram vistas como fontes de riquezas, de onde se extraíam metais como ouro e prata.
As propriedades rurais tinha grande porte, e nelas praticava-se monocultura para exportação, também chamada de plantation, onde, na maioria das vezes com o uso da força do trabalho de pessoas escravizadas, eram cultivados produtos tropicais, como o tabaco, o algodão e a cana-de-açúcar. As colônias de exploração tornaram-se economicamente dependentes das metrópoles, que impediam o seu desenvolvimento econômico.
A independência das colônias
A partir do século XVIII, as colônias americanas iniciaram seus processos de independência, que se estenderam pincipalmente até o século XIX.
Na América Latina, após a independência, em muitos países observou-se a permanência da mesma estrutura social e base econômica do Período Colonial, ou seja, as elites de ascendência europeia permaneceram como classe dominante sobre os povos nativos e os mestiços trabalhadores.
Além disso, a economia continuou voltada para a produção e exportação de gêneros agrícolas tropicais e recursos minerais, para serem comercializados na Europa.
Regionalização do continente americano