Se por um lado Marx queria um mundo repleto de justiça social e justa distribuição “segundo suas capacidades”, pelo outro a realidade construída após suas ideias foi bem dissonante e até diria, perturbante.
Marx concebeu seu Manifesto, juntamente com outros intelectuais de sua época, marcada pela Revolução Industrial e as devidas consequências ocorridas na Europa em geral, na Alemanha, Inglaterra, Bélgica, outros países europeus.
De uma ideia aparentemente justa (baseada na igualdade), o que se vê posteriormente é um rastro de destruição inimaginável, ocasionado pelo pragmatismo político levado a cabo por seus sucessores, ou melhor dizendo, seus seguidores.
As ideias de Karl Marx, o materialismo histórico-dialético e seu método de pensamento, basicamente, entende a História a partir de um ponto de vista meramente humano, onde os processos sociais e a evolução da sociedade ocorre através da Luta de Classes. Uma tese, uma antítese e assim sendo, consequentemente geraria uma síntese de tudo. Mas, e após isso, o que virá, ou melhor, o que se sucedeu?
O que observamos, na realidade, é a criação de uma nova antítese. E essa antítese é bem expressa na obra de George Orwell, A Revolução dos Bichos.